sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

SÉRIE BIOGRAFIAS: Keith Green



O Forasteiro Cristão convida você a embarcar numa série de biografias de pessoas que, porventura, você nunca ouviu falar, mas que irão impactar sua vida com seus testemunhos de vida. Comece mergulhando na história de um dos maiores músicos cristãos que esse mundo ja conheceu: Keith Green. 




Keith Gordon Green (21 de outubro de 1953 – 28 de julho de 1982) foi um cantor e multi-instrumentista gospel americano. Compunha, interpretava e tocava piano, guitarra, contrabaixo e percussão.

Green entrou na música desde a mais tenra idade, com três anos mais precisamente, e seu primeiro instrumento foi um Ukulele (instrumento musical semelhante a um violão, com apenas 4 cordas afinadas em lá, mi, dó e sol). A guitarra ele iniciou aos cinco, e o piano com sete anos de idade. Seus talentos foram observados por grandes programas e jornais americanos da época, como Arthur Laurents e o Los Angeles Times. Em Fevereiro de 1965, contando apenas com 12 anos de idade, já dispunha de quarenta canções originais sob sua carreira. Green então assinou um contrato de cinco anos com a Decca Records, uma das maiores gravadoras do mundo, comprada depois pela Polygram. Entre seus artista a Decca tinha nomes como Louis Armstrong, Elvis Presley, Rolling Stones, George Harrison. Green se tornou o artista mais jovem a assinar com a ASCAP, Sociedade Americana de Compositores, Autores e Editores. A Decca Records havia planejado fazer de Green um ídolo 'teen', recebendo regularmente os jovens pré-adolescentes caracterizado-os em shows populares de televisão como “Jack Benny Show” e o “Steve Allen Show”. No entanto, após a atenção nacional prevista pela Decca Records para Keith, a fama não conseguiu se materializar. Um jovem cantor chamado Donny Osmond captou a atenção dos pré-adolescentes e adolescentes, eclipsando Keith da recém-descoberta e do estrelato, e Keith foi rapidamente esquecido pelo público.

Conversão
Depois de entrar na vida adulta, antes de se tornar um cristão, Keith tinha uma filosofia pessoal que misturava a visão judaica e a Ciência Cristã, mas cresceu lendo o Novo Testamento. Ele chamou o evangelho de “uma estranha combinação” que deixou seu espírito aberto, mas até então ainda profundamente insatisfeito. Seu estilo de vida artístico o levou às drogas. Viajou ao Sul da Ásia atrás do misticismo e do “amor livre” que dominaram os anos 60 e 70. Depois de experimentar o que descreveu como uma “bad trip”(má viagem), ele abandonou o consumo de drogas e se tornou avesso à filosofia e a teologia de um modo geral. Green viria a afirmar, no entanto, que, no meio de seu ceticismo, ele sentiu que Deus “furou os calos do seu coração”, e ele entregou-se a Cristo nascendo de novo. Logo depois sua esposa Melody Green também se entregou a Cristo.

Ministério

Em 1975 o casal Green iniciou um programa de evangelização nos subúrbios de Los Angeles, Califórnia, em San Fernando Valley. Rapidamente sua pequena casa no subúrbio estava superlotada de prostitutas, tóxico-dependentes e sem-teto que recebiam, além do evangelho, atenção e cuidados. A comunidade de novos crentes foi crescendo rapidamente. Pessoas foram continuamente se posicionando para o batismo e definindo suas vidas para servir o Senhor. Logo tiveram que adquirir uma casa vizinha à sua própria e alugaram mais cinco no mesmo bairro, para grande consternação dos seus vizinhos. O ministério de Keith Green foi largamente influenciado por um grande pregador da época, Leonard Ravenhill, que possui um de seus livros publicados aqui no Brasil chamado, “ Por que tarda o Avivamento?”. Ravenhill apontou para Keith, Charles Finney, um reavivalista pregador do século XIX que pregou a lei de Deus provocando convicção de pecado em seus ouvintes. Durante seus concertos, muitas vezes ele exortava seus ouvintes a se arrependerem e a empenharem-se mais inteiramente a seguir Cristo.

 Como Músico Cristão

Em 1976 Green trabalhou no álbum Firewind (1976) com cantores cristãos como Terry Talbot, John Talbot, e Barry McGuire. “For Him Who Has Ears to Hear”, foi lançado em 1977 e alcançou o topo do sucesso nas rádios evangelicas americanas. Seu segundo trabalho solo, “Libertação”, seguido de “No Compromise”, em 1978.
Em 1979, depois de negociar o encerramento de seu contrato com a produtora Sparrow, Green sentiu-se direcionado por Deus a não mais cobrar dinheiro por suas apresentações e seus discos e lançou a política do “pague o que puder”. Keith e Melody hipotecaram sua casa para financiar pessoalmente o próximo álbum, “So You Wanna Go Back To Egypt”, que incluiu uma participação especial do cantor Bob Dylan, que na época vivia sua fase cristã. O disco foi oferecido através do correio e nos shows pelo valor que cada a pessoa decidisse pagar, se quisesse pagar. Em Maio de 1982, Green tinha enviado mais de 200.000 unidades de seu álbum via correio. Desses, por 61.000 ele não recebeu nada, foram todos gratuitos. Posteriormente da mesma forma os álbuns “Keith Green Collection” (1981) e “Songs For The Shepherd” (1982). Quando sua música foi enviado para as livrarias evangélicas, um segundo cassete foi incluído de forma gratuita para todos os cassetes comprados, para serem dados de presente a um amigo para ajudar a difundir o evangelho. Ou seja, o lucro era zero.
Posteriormente a política do "pague o que puder" foi estendida a todos os seus outros álbuns e materiais produzidos pelo seu ministério.

 Ministério Last Days

Em 1978, Last Days Ministries (LDM), (Ministério dos Últimos Dias), fundado por Green, começou a publicar um periódico chamado “Last Days Newsletter”. Inicialmente impresso em poucas páginas em papel solto, o boletim informativo cresceu em termos de conteúdo e, posteriormente, se tornou em uma revista impressa em cores, e foi renomeada em meados de 1985, como “Last Days Magazine”. A revista caracterizava-se por matérias de Green e sua esposa, assim como de homens consagrados na fé como os pastores David Wilkerson, Leonard Ravenhill e Winkie Pratney, todos com uma mesma visão. Mais tarde a publicação também incluiu a reimpressão das obras de autores clássicos, como os cristãos Charles Finney, John Wesley, William Booth e sua esposa Catherine. A maioria dos artigos foram reimpressos como folhetos em 50 idiomas diferentes. No auge da sua popularidade a revista foi enviada em mais de 16 milhões de cópias ao redor do mundo. Em 1979 o ministério se mudou do bairro de San Fernando Valley, na California, para um rancho de 40 acres (160.000 m2) em Lindale, Texas. Dentro de alguns anos, o ministério compraria terras adicionais, elevando o total para 140 acres.

 Falecimento

Junto com outros onze, Keith Green faleceu em 28 de julho de 1982, quando o avião Cessna 414, alugado pelo ministério, caiu após decolar da pista privada localizada na sede da missão. O pequeno avião de dois motores estava transportando onze passageiros para um passeio aéreo pela região da propriedade. Green e dois de seus filhos, Josiah, de três anos de idade, e Bethany, com dois, estavam a bordo do avião, juntamente com os missionários visitantes John e Dede Smalley e os seus seis filhos. Em 27 de novembro de 2001, Keith Green foi introduzido no hall da fama da musica Gospel americana.
Green não se via como um “artista” por profissão, e demonstrou um desapego material raro de se encontrar nos dias atuais. Ele não se isolava no palco nem transformava isso em meio de vida,ao contrário, arregaçava as mangas, saía dos holofotes e procurava sempre uma proximidade com sem público.


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